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Por cá se escreve - Jornal de Parede - 2014/ 2015

 

Espaço dedicado à divulgação de trabalhos/ textos dos alunos

 

 

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No meio de uma imensidão de livros de fantasia, de veracidade, de romance, de aventura… “O Planeta Branco” foi o escolhido. Este livro, de Miguel de Sousa Tavares, desperta em mim uma curiosidade de descobrir o Universo e de viajar para além da imaginação.

“O Planeta Branco” descreve a viagem de 3 astronautas: Lucas, Baltazar e Lydia, com destino a um planeta onde pensam existir água e condições para sustentar a vida humana. No decorrer da viagem, repararam que a Ítaca – 3000, a nave, estava a sofrer um desvio de rota. Este desvio, estava a atraí-los para o Planeta Branco. Este planeta era um planeta diferente. Quando os astronautas aterram no planeta, um senhor vestido de branco dirigiu-se até eles, dizendo-lhes que aquele era o planeta para onde iam as almas mortas da Terra. Eles ainda lhe perguntaram se sabia da existência de algum planeta com vida, para além da Terra, mas este apenas lhe respondeu que essa questão era um mistério da vida que os vivos tentarão descobrir. De regresso à Terra, as faces envelhecidas dos astronautas rejuvenesceram, assim como as suas memórias estavam vazias, sem nenhum vestígio do Planeta Branco.

Nas minhas diversas leituras, foi um livro que me cativou muito a atenção e me levou por outros mundos para além do meu. Aconselho este livro a todos os aventureiros e corajosos que gostem de imaginar o infinito.

 

Inês Santos

8ºA nº07

 

Texto Descritivo

 

     Em dias de verão, em meados de julho, as noites quentes e serenas iluminavam-me o pensamento. Era uma paisagem única e maravilhosa. Ao longo de uma linha infindável de pirilampos, ouvia o bater da corrente do rio e o sopro do vento por entre as robustas folhagens que faziam parte desta paisagem campestre. Um vasto campo cheio de macieiras, prontas a dar pequenos corações, eram pormenores que numa bela tarde de sol preenchiam o meu paladar.

     No centro desta quente e colorida paisagem, uma casa térrea virada para o rio observava as lindas borboletas dos mais diversos tamanhos e cores, um ferrugento baloiço onde do ponto mais alto se podia visualizar o cimo de um monte verdejante, que no inverno parecia flutuar ao som do vaguear das nuvens, uma churrasqueira suja como o carvão que ainda parecia ter as escaldantes brasas acesas de uma churrascada, uma mesa comprida coberta por uma toalha manchada, copos, talheres, pratos, guardanapos pegajosos, alguns confettis e serpentinas espalhados e vários papéis de embrulho rasgados e amachucados no chão, que durante anos foram aparecendo em festas como esta. Em cada canto daquela aconchegadora casa, haviam sido colocados ninhos para as andorinhas que por ali ficavam durante alguns meses, a sentir o perfume e a beleza das inconfundíveis camélias.

     Para mim, esta paisagem transmite-me uma certa tranquilidade, encanto pela natureza e ajuda-me a refletir e a refugiar das circunstâncias do quotidiano.

 

Inês Santos

8ºA nº07

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"De poeta e de louco, todos temos um pouco"

Queria ser pássaro e voar pelos céus

voar por cima dos campos verdes,

voar por cima de grandes cidades,

e sentir o vento nas minhas asas cansadas,

mas sou homem e tenho de usar um avião.

 

 

Queria ser peixe e poder atravessar o oceano

sentir a água salgada bater-me nas escamas

podia ser tubarão, baleia ou peixe palhaço,

mas sou homem e tenho de usar um barco.

 

 

Queria ser astronauta e andar no espaço,

mas sou apenas um rapaz

que gosta de sonhar.

 

 

Queria ser mais criativo

e melhor poeta,

mas sou só um miúdo

com um lápis e uma caneta.

 

 

O poema fica assim,

acho que é o fim.

 

 

Cláudio Rocha 8ºC nº6

 

Se eu pudesse, saía da escola,

levava os livros e os lápis,

e nas costas a sacola.

 

Levava tudo o que pudesse, 

o que tudo me permitisse,

isto tudo se,

um dia eu fugisse.

 

Se um dia eu pudesse,

saltava de casa em casa,

até chegar a um avião

e sentar-me numa asa.

 

Iria em cima dele

até onde ele parasse, 

fazia tudo isso,

mesmo que o tempo não chegasse.

 

Se um dia eu pudesse

visitaria o Armando,

iria metade do caminho de carro,

e a outra caminhando.

 

Se um dia eu pudesse

acabava com este poema,

um poema limpo e simples

e entregava-o à Ema. 

 

 

Rafael Ramalho 8ºB nº14

 

Queria ser presidente,

mas sou desempregado,

para ser presidente é preciso ter mente,

e já fui advogado.

 

 

Queria ser porteiro,

mas sou pedreiro,

para ser carteiro é preciso ser “madrugadeiro”,

e já fui carpinteiro.

 

 

Queria ser poeta,

mas sou atleta,

para ser poeta é preciso imaginação,

mas tenho coração.

 

 

Queria ser pescador,

mas sou pintor,

para ser pescador é preciso ser aventureiro,

não é algo corriqueiro.

 

 

Quero ser jornalista,

mas sou artista,

para ser jornalista é preciso ser responsável,

para além do imaginável.

 

 

Queri ser caçador,

mas sou jogador,

para ser jogador é preciso ser corajoso,

algo desvantajoso.

 

 

Mas agora sou estudante…

 

 

David Bessa 8ºC nº 7

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